Santiago afirmou que durante todo o tempo os homens perguntavam por dinheiro. “Muito nervosos, eles ficavam dizendo que queriam dinheiro e perguntavam onde estava o cofre. Como na residência não havia dinheiro, eles começaram a fazer 'um rapa': pegaram celulares, notebooks e outros objetos e colocaram dentro de sacolas”, contou.
O pai da vítima soube que o filho, os netos e a nora estavam sendo feitos reféns por meio de uma ligação feita pela empregada da casa. “A menina fica embaixo e percebeu um grande barulho, ouvindo o que estava acontecendo. Ela ligou para mim e, no meio do caminho para a casa do meu filho, encontrei uma equipe da Polícia Militar, que agiu rápido, o que contribuiu e muito para tudo terminar bem”, disse.
Para Luís Santiago, o momento de mais tensão foi quando os ladrões perceberam que a polícia tinha chegado à residência.
“O meu filho disse que eles ficaram ainda mais nervosos e, pela janela do quarto, pularam para a residência vizinha. Um deles não conseguiu fazer o mesmo e nesse momento o tomou de refém. A calma dele [do filho] foi decisiva para que o desfecho fosse o melhor possível, para que tudo terminasse bem".
"Ele negociou com os assaltantes durante os cerca de 30 minutos que durou o pesadelo, pedia para que eles tirassem a arma da cabeça dele, dizia que ia entregar tudo e que eles não ficassem preocupados. Não tenho dúvidas de que foi Jesus que deu toda essa tranquilidade ao meu filho”, completou o pai da vítima.
O engenheiro civil acredita que tenha sido a calma do filho o motivo de um dos bandidos ter decidido levá-lo como refém. “Eles perceberam que caso a minha nora fosse a refém, já que ela estava mais nervosa, o plano de fugir não desse certo, acredito eu”, acrescentou. Após o engenheiro agrônomo ser tomado como refém, houve perseguição policial e o veículo foi interceptado próximo à Estação Cabo Branco. O suspeito foi preso e o refém liberado.
O pai da vítima disse que a família está bem. “Apesar da noite de ontem, todos estão dormindo e creio em Deus que não vai ficar nenhuma sequela psicológica em nenhum deles. Só a minha nora ainda está abalada, mas tenho certeza de que vai se recuperar do trauma em muito pouco tempo”, finalizou.
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