O mau desempenho de apostas dos grandes partidos e a ausência de um terceiro candidato competitivo contribuem para que nove Estados caminhem para definir as eleições para governador já no primeiro turno.
São Paulo e Minas Gerais são exemplos desse quadro.
Na eleição paulista, a aposta petista, Alexandre Padilha, segue estacionada abaixo dos 10% nas pesquisas, e Paulo Skaf, do PMDB, em torno de 20%, cenário que favorece a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB), perto dos 50%.
Para definir a eleição na primeira etapa da disputa, um candidato deve ter 50% dos votos válidos (sem brancos e nulos), mais um voto.
"Não sei se o efeito da Copa, o humor da sociedade, a demora para a campanha pegar' ou a escassez de recursos fez com que a intensidade de campanha do Padilha fosse sofrível no começo", afirmou Luiz Marinho, coordenador da campanha de Dilma em São Paulo. "Isso atrasou muito o processo de conhecimento dele no Estado."
Em Minas Gerais, quem não avançou nas pesquisas foi a aposta de "terceira via" do PSB, Tarcísio Delgado.
Escalado para dar palanque a Eduardo Campos e agora a Marina Silva, ele segue abaixo dos 10%, sem rivalizar com Pimenta da Veiga (PSDB) e com Fernando Pimentel (PT), favorito para vencer já no próximo dia 5.
Também apresentam cenário parecido Alagoas, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Santa Catarina e Tocantins. Neles, candidatos em terceiro lugar não chegam a 13% nas pesquisas.
Em outros nove Estados, os candidatos que lideram estão a poucos pontos de também conseguirem liquidar a disputa na primeira rodada.
São exemplos Paulo Souto (DEM), na Bahia; Eunício Oliveira (PMDB), no Ceará; e Beto Richa (PSDB), no Paraná, onde Gleisi Hoffmann (PT), ex-ministra da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, não decolou e está na casa dos 10% nas pesquisas.
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