quinta-feira, 30 de maio de 2013

Eles fizeram uma corrente humana', diz uma das vítimas do temporal; confira:

Vítimas arrastadas pela correnteza em Uberlândia detalham fato (Foto: Reprodução/TV Integração)


"Eles fizeram uma corrente humana e conseguiram me tirar de lá”, contou a empresária Janiffer Andrade Ramos. Ela e a mãe, a dona de casa Divalci Batista Andrade, passaram por momentos de desespero durante o temporal da tarde de quarta-feira (29) em Uberlândia. As duas foram arrastadas durante a enxurrada numa das principais avenidas da cidade e correram risco de morrer. Além das uberlandenses, centenas de moradores viveram momentos de tensão e muitos não sabem o que fazer e a quem recorrer após terem perdido carros e móveis.
Das 16 horas até o fim da noite de quarta-feira (30), o Corpo de Bombeiros de Uberlândia atendeu cerca de 100 ocorrências. Foram 64 buscas e salvamentos e um incêndio registrado em um hotel no Bairro Martins. Nestas ocorrências estavam pessoas que ficaram ilhadas e que contar com a sorte, ou com a ajuda de alguém.
Ao trafegar em uma motocicleta pela Avenida Rondon Pacheco no momento da chuva, Janiffer Andrade e Divalci Batista foram arrastadas pela correnteza na Avenida Rondon Pacheco. Por um momento a empresária achou que não se salvaria. "Veio uma onda do nada e levou a gente. Logo em seguida outra. Nós tentamos nos segurar, mas a pressão era muito forte. A correnteza estava arrastando um carro em nossa direção e foi quando a gente se soltou, porque se não seríamos pressionadas por ele”, contou Janiffer.

A dona de casa Divalci Batista conseguiu segurar, mas desistiu ao ver a filha sendo levada pela correnteza. “De repente eu vi minha filha indo embora e, desesperada, eu resolvi soltar o semáforo que estava segurando para ver se eu conseguia alcançá-la. Assim talvez pudéssemos nos segurar em algum lugar juntas”, lembrou emocionada.

Vítimas arrastadas pela correnteza em Uberlândia detalham fato (Foto: Cícero Ambrósio )

A filha só conseguiu se segurar sete quarteirões depois, quando já apresentava sintomas de hipotermia - temperatura do corpo abaixo do normal. “Eu já não tinha mais força, estava dura de frio. Fiquei segurando só com o braço direito em uma árvore e nem conseguia esticar o braço mais. Foi quando vieram uns rapazes que me salvaram. Eles fizeram uma corrente humana e conseguiram me tirar de lá”, relembrou a empresária.
Já Divalci só conseguiu um lugar seguro para ficar depois que foi socorrida por moradores, que utilizaram uma corda.

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